CABRITINHA DOCE EM UM ESPETO DE CEREJEIRA

Muito triste ver Anna Karina em Pierrot Le fou e depois encontrá-la de novo, envelhecida, nos extras do dvd em uma entrevista atual, em que ela faz um memorialismo das filmagens. Diz que, então, era parecida com sua personagem no filme: “Eu era mesmo essa menina feliz e inconsequente, que gostava de correr aos pulinhos e cantar”. E acrescento: uma cabritinha vaporosa e doce, uma fadinha ou sílfide inquieta, que o espectador sente ganas de colocar num espeto de cerejeira, assar e mastigar com uma fome primitiva e alegre.

Daí o adágio: “Toda mulher linda é mãe de uma bruxa.”

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